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Ministério da Cultura apresenta:

Je
ane

Como se todo dia fosse réveillon

Além dos fogos que iluminam o céu, das comidas que saciam a memória e do clima festivo que contagia até o humor dos vizinhos, ainda sobram motivos para Jeane Valentim repetir a frase que, de tão boa, virou título da sua biografia. Réveillon vem do verbo “ré-veiller” que, em francês, significa acordar – daí o despertar de um novo ano. Recomeçar é a especialidade dessa mulher que nasceu no interior de Alagoas e bordou uma história de superação: teve a infância marcada pela falta, dividiu um ovo cozido por oito e cuidou dos irmãos, da mãe, do pai e da avó, sem abrir mão de si. Destaca-se pela arte da renda singeleza, considerada patrimônio cultural de Alagoas. Abusada, sagaz e porta-voz da sua comunidade, foi escolhida para integrar o projeto Biografias Colaborativas.

Va
nes
sa

Guerreira da mundaú

As 50 marisqueiras da Lagoa Mundaú que se reuniram para definir o nome do grupo que estavam fundando optaram por Cooperativa de Trabalho das Marisqueiras Mulheres Guerreiras. A palavra “guerreiras” na razão social chamou a atenção; aquelas mulheres, no entanto, sentiam-se – e eram – merecedoras do adjetivo. E assim ficou. Entre elas estava Vanessa dos Santos Silva, marisqueira desde que se entende por gente, membro de uma família cujas mulheres, vêm, há gerações, criando seus filhos com o marisco que extraem da Lagoa Mundaú. Vanessa é também presidente da cooperativa da comunidade onde vive – sua atuação, numa luta diária, mudou a vida de muitos que moram ali. Sua fibra e capacidade de liderança fizeram com que fosse escolhida para integrar o projeto Biografias Colaborativas.

Ko
ram

Resistência para existir

Em Palmeira dos Índios, um município no interior de Alagoas, fica localizada a Mata da Cafurna, abrigo do povo Xucuru-Kariri. E é lá que podemos encontrar Koram, uma das lideranças indígenas dessa comunidade, geralmente cuidando do seu herbário. Ou, quem sabe, atuando na equipe de técnicos de enfermagem da PSF Indígena Mata da Cafurna, valorizando o conhecimento e a medicina originária. Hoje, é possível vê-la também trabalhando no seu próprio negócio, Magia da Terra, um empreendimento de doces e produtos à base de banana, através do qual ela dá oportunidade de trabalho a outras mulheres da comunidade e ao seu companheiro, Nildo. Líder, curandeira, empreendedora e estudante, Koram escolheu colocar no centro de sua própria vida a luta pela manutenção da cultura e das tradições do povo Xucuru-Kariri. Sua força e suas muitas facetas fizeram com que fosse escolhida para integrar o projeto Biografias Colaborativas, que percorreu as periferias de Maceió em busca de cinco histórias inspiradoras protagonizadas por mulheres empreendedoras.

Noe
me

Florear de beleza

Artesã, mãe e mulher nordestina. Essa é Noeme, cujo nome deveria ter sido grafado “Noemi”, significando “agradável”, mas o equívoco acabou trazendo “florear de beleza”, do tupi, que a descreve ainda mais. Quando criança, Noeme enfrentou desafios. Teve que trabalhar na granja dos pais e cuidar dos irmãos menores enquanto frequentava a escola, local em que sofria agressões de professores e hostilidade dos colegas. Além dos flagelos impostos pela pobreza, foi obrigada a enfrentar as adversidades de ser mulher numa sociedade patriarcal, ao se ver presa em um casamento abusivo e violento. Mas Noeme não se deixou abater. Encontrou nos estudos, e mais tarde no artesanato, sua fortaleza, tornando-se a primeira aluna a se formar em um novo programa oferecido pelo Instituto Federal de Alagoas. Em seguida, montou seu próprio negócio de artesanato feito de materiais alternativos. Sua resiliência e força fizeram com que fosse escolhida para integrar o projeto Biografias Colaborativas.

Pa
trí
cia

Flor de alumínio

Penúltima filha de uma prole de seis meninas e um menino, Patrícia Ramos nasceu em Barra de Santo Antônio, município localizado a 45 quilômetros de Maceió, onde, desde sempre, viu o pai, José Amorim, dar o suor nas extensas plantações de cana-de-açúcar. Apesar do dia a dia marcado pelas dificuldades de alimentar tantas bocas, José e Maria Cícera, mãe de Patrícia, fizeram de tudo para preservar a infância dos filhos, e até hoje, Patrícia guarda na memória os dias de festas juninas regadas a comidas típicas e brincadeiras que viveu na fazenda Lagoa Vermelha. Essas lembranças a ajudariam a suportar os grandes desafios que viriam pela frente: a morte do pai, vítima de câncer; a mudança com a família para a periferia de Maceió na tentativa de fugir da fome, o trabalho como doméstica em plena adolescência, o assassinato do único irmão e o casamento e maternidade precoces. Tudo isso, no entanto, Patrícia transformou em combustível para continuar a luta pela sobrevivência. Até encontrar no trabalho de catadora de lixo para reciclagem uma oportunidade para renovar a sua vida e a de milhares de pessoas ao seu redor. Essa trajetória de superações fez com que fosse escolhida para integrar o projeto Biografias Colaborativas.

Biografias Colaborativas

3ª Edição
Maceió - Alagoas

Cinco mulheres, cinco histórias, cinco biografias entrecruzadas pelas dificuldades de ser mulher, viver na periferia e empreender. Mas entrecruzadas, acima de tudo, pela coragem, talento e capacidade de superar desafios. Biografias Colaborativas 3ª Edição é um projeto escrito a várias mãos. Inclusive a sua.

Grupo de Mulheres

Biografias Colaborativas é um projeto que surgiu em resposta ao contexto de que empreender é um dos grandes sonhos dos moradores da periferia e a possibilidade de uma vida melhor.

No entanto, a imensa maioria jamais teve acesso à formação em gestão e assistência financeira. Uma realidade que
é ainda mais dura para as mulheres. Nosso projeto selecionou cinco batalhadoras incríveis para receber um
incentivo financeiro, treinamento e ter suas histórias transformadas em livros. Livros com o último capítulo em
branco. A ideia é que a renda das vendas seja direcionada ao negócio de cada empreendedora. E que essas histórias
inspiradoras continuem. Porque serão escritas a muitas, muitas mãos.
O Projeto Biografias Colaborativas é patrocinado pela Braskem por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realizado pela Sagre Agência de Projetos Incentivados e Eventos, Ministério da Cultura e Governo Federal.

Uma empresa que tem paixão por transformar e acredita nas pessoas. A Braskem tem o compromisso de investir em projetos como esse, uma oportunidade ímpar de compartilhar histórias que dão protagonismo a mulheres que transformam suas vidas e de suas famílias por meio do empreendedorismo feminino. É uma forma de potencializar impactos positivos para a sociedade e comunidade onde está presente, hoje e no futuro.
Saiba mais sobre a Braskem em Alagoas: braskem.com.br/braskemalagoas

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